todo o mundo se cala, e balança no som do teu sorriso
O som se cala no barulho do músculo,
quando, vejo surgir no escuro sem estrelas,
teus olhos de quem roubou os meus,
teu sorriso torto que se alinhou em mim.
Abaixo a cabeça para ver teus pés nus de passado,
e me surpreendo com um abraço de asas.
Tu ainda tem o mesmo cheiro, o mesmo som de sol,
o mesmo abraço útero de mãe.
Fecho os olhos, porque ver-te me malabariza.
E tu te equilibras, no cabo-de-amaço que se tornou o músculo,
e nunca cai, nem deixa cair, mas vai, pois sei que volta.
Quando dilato as pupilas, teus olhos amanhecem dentro de mim.
E tua boca cochicha em meus ouvidos: habite-me.
Mergulho em ti, e voamos pelos céus cor- de-nós.
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