I was nineteen...



Babe, eu tenho algumas coisas para te dizer, antes de continuarmos a caminhada, que eu lhe permiti trilhar do meu lado. Esse tipo de amor sem dor era desconhecido para mim. Talvez, eu realmente não saiba lidar com a paz que você me traz, mas a porta do meu peito vai sempre se abrir para você se esconder quando tudo ficar difícil, pesado. Minhas contradições, inconstâncias, medos e angústias são abrandadas pela tua paciência, pelo teu carinho. Eu não quero mais escapar sabe? Sinto que esgotei todas as minhas tentativas de viver longe de ti, se é que há vida longe dos teus olhos. Sei que não é fácil e a cada dia que passa a minha ânsia de ti aumenta, assim como a tua de mim. Achei que a saudade nos mataria na primeira semana, no primeiro dia... Mas te vi forte, me vi esperar, pela primeira vez. Sinto também, babe, que terei que comprar um dicionário novo, pois as palavras que eu conheço não são mais suficientes, e as gírias não surtem o efeito que eu espero, apesar de não existir dicionário que te traduza e nem conto que nos delimite à uma quantidade de linhas determinadas. Temos o céu, e você vai além, e eu escolhi ir além contigo, pois mais dez, onze, doze, duzentos anos. Eu escolhi lutar, eu escolhi nossa casa, eu escolhi tuas mãos pela manhã. Eu escolhi a gente e pela primeira vez na vida, mas eu desisti tão fácil quanto rasgar a folha de papel que nos prometi. 

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