ligeiro





Outro dia observei a construção de um ninho
vi graveto por graveto no bico do passarinho
parecia um engenheiro, tão forte e tão ligeiro
mesmo tão pequenininho. 
É ali que cada filho vai aprender a cantar
vai ver os raios de sol, ouvir a chuva pingar
até que um belo dia vai provar da alegria
de aprender a voar.
Eu fiquei ali pensando do que é feito nosso ninho
afinal, também nascemos frágeis feito um passarinho
e a mãe do mesmo jeito, trabalha e estufa o peito
e constrói nosso cantinho. 
Enfrenta tudo no mundo pra poder nos proteger 
da pra gente o de calçar, o de vestir e o de comer
e quando o dia chegar a gente não vai voar
mas já vai saber correr.
Vai correr no mêi do mundo, na correria da vida vai sofrer
vai sentir medo, vai ter a alma partida
mas também vai entender que a estrada a percorrer
não é apenas de ida. 
O ninho tá sempre ali, basta o cabra reparar
que é talvez pelo retorno que a gente aprende a andar
que as coisas são diferentes, que às vezes andar pra frente
também pode ser voltar.
Voltar pra não esquecer de quem nunca esquece a gente
pra se lembrar do abraço mais apertado, mais quente
lembrar da ave mais bela mais bonita, mais singela
mas também a mais valente.
Lembrar que cada graveto de amor e de carinho
cada folha, cada galho preparam o seu caminho
lhe darão sabedoria, pois já já será o dia
de fazer seu próprio ninho.

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