Extremista





Ou dá ou desce. Nada melhor para exemplificar essa urgência de certeza. Sempre funcionei nos entremeios, descartar uma possibilidade não esta em contexto. Alterar as coisas pra menos me faz ter calafrios. Desistir das coisas me faz ter medo de precisar delas depois, e não ter. Por isso todas essas vírgulas, todas essas lembranças e todas essas histórias mal contadas, porém verdadeiras, nesse rascunho que eu chamo de vida amorosa. Pseudo-amorosa, pois nem tudo aquilo que chamamos de amor, de fato é. Mas isso é tema para uma próxima explanação. O que digo é que: Há caminhos diversos, e a escolha de seguir por um deles, para mim, é mais complexo do que as teorias gravitacionais. Certeza do que não se quer é uma obviedade, a sabedoria pelo que se necessita também é, conquanto, a certeza do que se quer, principalmente nessa desculpa temporal chamada "puberdade", é a coisa mais difícil do mundo. Voltemos a falar de amor - a certeza do par ideal é assustadora. Resumo aqui o ponto chave. A busca pelo par ideal é comum. E o medo de não ser o cara certo? O medo a gente inventa pra ter coragem. A coragem a gente inventa quando tem medo. Ouvi num filme certa vez: 20 segundos de coragem são suficientes para mudar uma vida. Mas e o extremismo da coisa toda? Se atirar na frente de um ônibus para salvar uma velhinha de ser atropelada? Ah, isso é bom senso. -extremo- Coragem é enfrentar-se a si mesmo. Isso de ficar horas e mais horas conversando com uma tela e enlouquecendo com um pontinho piscando e esperando a próxima letra pra então acreditar nas próprias palavras e reconhecer-se como único. Não espero nada além do provável, do suficiente, não espero nada além de calma na alma nessa tempestividade que tem sido agosto. Não espero nada além de ser feliz, depois dos meus vinte segundos de coragem.

- Escolhi. Eu deixo tudo pra você.

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