Feliz amor novo, atrasado

As vezes me pergunto porque amor contemporâneo nos traumatizou tanto. Por que é que fomos ensinados a mentir pra fingirmos que somos moralmente exemplares. Um bando de hipócritas tão hipócritas, que baseadas na ciência da nossa suja hipocrisia, não conseguimos mais confiar no outro. Eu corro em direção ao um amor honesto mesmo que a honestidade doa. Porque ela dói... Mas salva. Feliz amor novo.

Que coragem seja agir com o coração.




Ora pois, hei de desejar um 15 de cores. Azul e branco, de preferência.

O ano se foi, e com ele as impurezas de um 14 passageiro. Sem fazer estadia, o excêntrico e melodramático ano descarregou suas tantas malas, despreocupando-se com a bagagem já existente nos poucos espaços disponíveis para guardá-las. Pequenas, grandes, largas, leves, quanto mais mexia-se nelas, menores ficavam os vãos entre as malas. Resolvi tirar tudo do porta-malas e entrei o ano dando os sete tais pulinhos n'água salgada. Pacifiquei um coração outrora calejado de sofreguidões. Esvai-me em lágrimas ao recordar a busca incessante pelo tesouro, encrostado em turmalina forma, lapidado pacientemente pelas mãos macias de outrem. O sol raiou no primeiro dia do novo ciclo, trazendo consigo a pacificidade de um amanhã colorido. Ouvidos de Deus abertos através do horizonte distante, pedi baixinho para que o que fosse meu ficasse, que a coragem permanecesse, que o amor preenchesse e que a saúde empurrasse os medos para longe dos tapetes (nada de escondê-los). A calmaria fez morada nos abraços, e nada além do amor unia as mãos em comunhão com o alvorecer nítido. A polaroid não mais capturava a imensidão de um céu arroseado, então aos olhos fizeram-se as preces de que fosse um 15 terreno, de passos largos: caso a maré não traga, que possamos remar para buscar.

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