minha casinha de morar, parte II

o eixo do começo da nossa história: teu coração no meu fazendo casa.
até aí vagava perdida por entre mundos pedindo abrigo às pessoas erradas.
chorava, sentia, mas estranhava que nada abrigava.
era tudo meio torto, vazio, com hora marcada.
pois, nessa de gira-mundo te encontrei e fiz abrigo. 
me assustei de pronto: o quê essa pequena vai fazer comigo? 
sorria, cantava, e feliz no teu peito minhas angústias eu refugiava. 
foi me mostrando os dotes, se fez presente, e meu amor por ti só aumentava. 
e boquiaberta eu ficava quando em tua presença o tempo parava!
meu corpo tremia e tua voz ecoava! 
pedia aos céus que tu ficasse pois aquilo não tinha explicação: 
desejo meu se realizou quando tu trouxe tua mala pra pôr meu coração. 
virei teu mochilão e tu minha prece. 
nada de dor de Chico: no fim de semana a gente caminha e agradece. 
se abraça de amor tranquilo que enche os olhos e o coração.
e até hoje tu não faz ideia do que eu sinto quando pego tua mão!
encontrei a companheira que mapeou e invadiu meu peito 
e, de sorriso em sorriso, hoje já não consigo mais ser do mesmo jeito! 
céu azul que veio e trouxe canção, me chama de turmalina, xinga e pede minha atenção. 
te digo: meu peito já tem teu cheiro e da minha vida tu abriu as cortinas...
mas o que mal sabe tu é que em todas as vidas eu sonhei em ser tua menina.


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