dezesseis dozes



quando (e se) anoitece, cê me abraça
e o breu some como mágica
a gente dorme de almofada
e faz de véspera o sorriso da primavera
cê não mais pergunta quem fui
eu já conheço tudo de você
e não há quem saiba mais da gente
do que o post-it perto da tv

jaz outubro
se faz novembro
e no passar dos anos
no ciúme pro tempo
cê escreve nossa história
e eu vou ficando
aninhando nas cobertas
aparando as arestas
tapando e descobrindo o vulcão
porque entre o sim e o não
eu prefiro escolher você

trocamos a cor da geladeira
o formato dos móveis
até a casinha de morar
a gente se aprendeu e decidiu ficar
pintar de azul o céu onde a gente vai casar
e eu perdi o medo do tempo
eu perdi o medo do fim
e de sossego em sossego
encontrei a estradinha de mim



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