e tua poesia é o motivo!



Você não é um simples motivo para poesia. É a tua poesia, muito provavelmente, que virou o motivo. Uma poesia que começa na sua voz cansada me confundindo entre o “tudo bem” e o “tudo errado” e passa pelo teu silêncio, me certificando de que você sabe conviver com ele assim como eu. Posso apenas escrever pensando em te entregar as palavras, mas é muito mais bonito compartilhá-las, porque é tudo o que sei fazer e estou apostando que não sou a única pessoa a entrar madrugadas sorrindo. Em meio ao meu dom para o caos e a tua neurosa para a ordem, meia-dúzia de palavras tomam a frente e dizem que, opostos ou iguais, nós acabamos na mesma dança debaixo do meu pseudo-romantismo, que enrola a língua toda vez que tenta te convencer das minhas boas intenções. A tal “resposta certa” vive na ponta da minha língua, mas me saio muito melhor com ela na ponta dos meus dedos. Há muitos passados morrendo enquanto recomeçamos. Eu sei contar histórias, mas me permita: estou aprendendo a vivê-las. Eu poderia rimar sem ti, e sabe bem que até a chuva confundida com um barulho qualquer me é pretexto para longas linhas, mas eu não quero a tua falta. Eu quero um abraço, um beijo e um minuto de silêncio para saber que aguentaremos… E, então, a poesia se faz sozinha.

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