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Morreram todos os meus medos. Alguns recomeçaram de onde nem mesmo inciaram dentro de mim, mas três palavras, caladas, cessaram meus anseios.  Será que alguém já cogitou sentir medo do quanto pode ser capaz com alguém? Eu pensei. Eu pensei e senti. Eu não me conheci mais, aliás, eu me conheci, bem mais tarde que a maioria das pessoas se conhece. Assim, sem delongas eu me propus a me jogar do alto desse prédio, um prédio que não era meu, e se eu caísse no concreto, eu sabia que lá embaixo, eu pensaria que valeu a pena. Pela primeira vez, valeu a pena. Porque tem chão. Tem nuvem, mas tem chão. Tem abraço, mas tem puxão de orelha. Tem amparo, mas tem impulsão. Pela primeira vez, deixei de ser forte e não fui cobrada por isso. Me vi completamente dependente de um sorriso para clarear meu dia, e nas palavras sucintas, me vi desenhando um futuro. Se me dissessem, dois anos atrás, que eu renasceria das cinzas deixadas por outrem, eu riria. Pois, chorei. Chorei ininterruptamente no colo do desconhecido. Noites transpassadas de angústia, por algo que eu nem mesmo conhecia, por algo que nem mesmo conheço. Hoje, o dia nasceu claro. Não o vi se pôr. Quero mãos entrelaçadas. Quero tua paciência, teu tempo. Quero teu tempo, no meu. Quero nosso tempo. Quero nosso. Quero nós. Quero. Procurei tantas palavras bonitas para, como em tantos outros textos, me fazer prolixa e por fim, chegar em um final feliz de conto de fadas, mas, somos de uma simplicidade sagrada. Minha vontade é de um abraço, mudo. De um beijo, fundo. Minha vontade é das tuas palavras dizendo sim, meu bem. E aí sim, meus vinte segundos de coragem, vão virar uma vida.

(Porque no fundo, você é do tamanho dos seus sonhos.)



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