As tuas pequenices, pequena

(...) ah, aí eu te vi vindo em direção ao carro e o coração disparou como naquela primeira vez que você entrou no meu carro e compramos algumas poucas cervejas, sem nos preocuparmos com tempo. Eu mal sabia o que fazer com você, e mal sei agora, mas é como se eu visse a projeção de todas as pequenices que eu não encontrava, e que redescubro a cada dia como o motivo que me fez ficar. Não sei se tem a ver com o jeito de andar, de soltar o cabelo ou de sorrir envergonhada quando eu procuro fundo alguma coisa minha dentro de ti, se são os teus olhos calmos ou as tuas unhas vermelhas azuis ou nude ou se é a forma como tua boca impaciente procura a minha no meio da noite, talvez seja apenas a tua leveza de alma que carregue todos os meus anseios de menina, ou o teu colo sempre pronto para ceder o amor simples que eu jurava sequer existir. De teorias sobre amor, genética e tempo, nada sei, sei apenas das minhas mãos ainda úmidas, minhas bochechas coradas e o sorriso arqueado ao ver você vindo em direção ao carro, como se fosse da primeira vez.

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