tudo sobre tudo, que é você, que é a gente



Ainda bem que a vida muda.

Porque se continuasse tudo como estava, com certeza eu não estaria com você hoje.
Lembra que no começo a gente conversava sobre como aconteceu? Não tem nada de incrível, talvez nem renda um roteiro de filme, mas aconteceu de um jeito gostoso de lembrar e de um jeito que até hoje nos faz bem.

Não somos melhores que ninguém, somos melhores para nós mesmos.

É por isso que eu gosto de compartilhar com quem gosta da gente o quanto eu gosto de você. Nossos amigos gostam de nos ver felizes do mesmo modo que gostamos de vê-los. É um ciclo do bem e gostoso de viver. Gosto de descer a timeline do meu instagram e dar um sorriso besta ao encontrar uma foto nossa, insuportavelmente cafona, postada por você, mesmo eu ainda estando ao seu lado.
Acho que quando compartilhamos uma coisa boa com as pessoas, uma companhia boa por exemplo, podemos inspirar essas mesmas pessoas a acreditar que a vida também pode ser boa. Eu poderia ficar te fazendo declarações por aí e contar para todos o quanto você é incrível (tipo todo dia, tipo doente, tipo como eu faço às vezes só que menos), mas eu prefiro fotografar o prato que você carinhosamente cozinhou pra mim, sabendo que não sou assim uma das pessoas mais fáceis de se agradar na cozinha. Eu prefiro fotografar o seu rosto feliz com alguma bebida que gosta e que eu nem vou com a cara. É por isso, inclusive, que a gente se dá bem: eu nunca tentei te fazer igual a mim e você sempre respeitou quem eu sou.

A nossa qualidade é aprender com as nossas diferenças. Acho que se fôssemos mais iguais seríamos menos felizes.

Sei que as vezes te impressiona essa minha capacidade de encrencar com cada minimalicie que aparece no mundo, mas é meu jeito de te dizer que eu estou aqui e, com certeza, a cada dia fico mais apaixonada pela forma como você me faz bem.

Quando falo sobre inspirar pessoas com os nossos momentos, falo sobre a vergonha que não sentimos em falar como fazemos bem um ao outro, e mais do que isso, na verdade, sobre a alegria que sentimos quando estamos perto e o quanto qualquer pessoa do mundo pode viver o mesmo, desde que, principalmente, respeite as vontades um do outro.

Quando estamos com nossos amigos, somos apenas mais dois entre todos. E talvez o segredo, se é que existe, seja exatamente esse: você é você e eu sou eu. E guardamos nossas intimidades para nós mesmos. Enquanto você engata uma conversa por horas com alguém que acabou de conhecer, eu converso poucas coisas com cada nova pessoa que conheço, ou seja, separados somamos coisas para viver juntos.

Estamos em constante melhoria do que de melhor somos.

Não vejo problema em dançar com você umas músicas cafonas e ir pra casa às seis da manhã (às vezes nem dormir). E você não vê problema em ficar em casa assistindo um filme dramático, mesmo que eu acabe pegando no sono. Nossa equação só resulta em soma para nós dois.

Ainda bem que a vida muda.
E apesar desse tempo todo juntos, eu ainda te conheço um pouco melhor a cada dia. Gosto dessa coisa de te fazer bem um pouquinho por dia, dessa coisa de te ver se esforçando em me fazer bem também. Gosto dessa coisa da gente gostando de se gostar.
E bobagem seria acreditar que somos perfeitos, nem é isso que queremos ser. Nós queremos e gostamos de aprender a conviver com nossos defeitos. Nós gostamos de crescer. Eu gosto de suar num show e você numa pista da balada. Você gosta de uma bebida gelada e eu de suco, se fosse para somar, precisaríamos de um bloco de trocentas páginas para começar a contar o que não gostávamos mas que aprendemos a gostar juntos.

Somos a mesma coisa um para o outro, só que de jeitos diferentes.

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