sobre o amor e sua longevidade

Não faço mais contos
Agora só pó e cia


Maravilhadas com a capital luz
fotografamos em muros de cimento
belezas nos túneis barulhentos
quadros pintados entre versos da cidade
que aparentava vida
a cada velha novidade

O Centro Histórico se perfazia de almas
que dançavam soltas
colorindo as janelas da capital luz
era como se nosso corpo fosse a cidade
e bailássemos entre os prédios
era a vida sendo felicidade

Sob a escuridão do Parcão conversas e papeladas
Mas jazia o breu na capital luz
dentro de um liquidificador de laranjas e limões
história fazendo história na cidade
sorridos arraigados
encantadas com tamanha simplicidade

O Hotel Magestic deu origem aos acervos
Era tanta Elis e tanto Mário na capital da luz
que Quintaneamos de formosura
versos cobrindo o vazio da cidade
e de mãos dadas caminhávamos
cheias da pura mocidade

Devaneios nos levaram ao Cais do Porto
bênção do sol na capital luz
as lentes do homem não captavam o que os olhos viam
e sentíamos um coração abarrotado do carinho da cidade
e assim, tão sem palavras, terminou o passeio
gratidão pelo excesso de amor e sua longevidade



(das coisas que eu gosto e que nunca são efêmeras)




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