Acredite no seu travesseiro.



Certa vez me falaram: "Jamais tome uma decisão, sem antes por a cabeça no travesseiro". Pois foi a coisa mais sábia que já me disseram. Por muito tempo não entendia o que significava, até no auge do sufoco, estarrecer por dentre as cobertas e afundar o rosto no travesseiro. Ele é tudo que a gente precisa, analisem. Abrace se estiver se sentindo sozinha. Morda se quiser gritar. Bata quando estiver com raiva. Enxugue as lágrimas quando elas insistirem em cair. Bata nos outros com ele para descontrair. Sufoque as angústias, explique as tristezas, conte as alegrias. É sempre ele que está lá, no fim do dia, quando precisamos de algo que nem mesmo nós podemos explicar, ele está no mesmo lugar, nos esperando para oferecer todo o conforto do qual necessitamos. Parece uma bobagem tremenda, mas meu travesseiro me acompanha desde a infância. Fronha vem, fronha vai. Tristeza vai, alegria vem. O único incapaz de me trazer um desgosto sequer. A noite cai, travesseiro consola, e cá estaremos, imersos em um mundo de sonhos.

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