Isqueiro



Passo por uma parede qualquer,
Nela está escrito: O amor é importante!
Só esquecem-se de perguntar, não obstante
Se ainda há amor.

Me perguntam até hoje se eu fumo. 
Respondo há alguns anos parei por medo da dependência.
Sento no carro, com minha cerveja: Desprezo conveniência.
Detesto regras de etiqueta, fazer bonito para agradar.
Aumento o som, quem há de reclamar?

Pego meu isqueiro, ainda anda comigo por precaução.
Vai que eu tenha um surto, isqueiro tá caro, irmão!
Toca Ana Carolina sem parar,
Lembro de quando olhava o rio por onde a vida passa
sem me precipitar.

Não preciso explicar porquê te olho.
Gosto de te ver sendo, sem quê ou porquê.
Pra ficar com aquele gosto de: Pra quê?
Ligo o carro, canso de mim mesma nessa hora.
Te busco no espelho do carro, com outra você está agora.


(Em homenagem aos poeminhas escrotos do face)


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