Pra não passar em cinza um dia com tantas nuvens de incertezas desfeitas e refeitas.


Reviravolta ou revira-volta? Não sei. Sei que revirou e voltou pro lugar de onde nunca deveria ter saído. Voltei a morar em mim. Passei por essa transição que te deixa em cacos, te faz perder as chaves, perder o freio do carro. Abstraí dos meus segredos mais utópicos, profundos e escuros. Tão meus, tão nossos. Entendi que a porta aberta não significava a tua volta e sim, a minha espera e a fechei. Abri todas as janelas para apenas a luz do sol entrar. Não que eu tenha desistido de amar, pelo contrário, percebi que pessoas vem e vão e o que fica é o mais bonito. Que essas coisas terrenas, a matemática e a física, só se completam com a satisfação de saber que se faz o bem. O bem pra si mesmo e pros outros. O bem pro presente e pro futuro, o bem que a gente espera que os outros façam pra gente. Tenho escrito tanto, dindi, e pra tantas pessoas diferentes mas sei bem que você sabe que ao escrever escrevo pra você. Você que não é nada, nem ninguém. Você que sou eu: quando eu me ler daqui 50 anos, se esses cigarros me permitirem. Tenho desprezado a dor, e  caminhado em direção ao que eu sempre quis, mesmo que essa inconstância libriana me faça perder tantas noites de sono ao som desses covers bobos que a Boyce Avenue faz dos sucessos do momento, nos quais a gente consegue sentir um coração gigante saindo pela boca do vocalista meio mexicano. É amor, amor ao que se faz: Retorno ao início, à reviravolta/revira-volta. Você tem escrito sobre incerteza, eu sobre ideologia. Como uniremos isso sobre nossos ombros? Anyway, admiro a forma como as coisas tem andado. Troquei de curso, bati o carro, deixei de exigir carinho e passei a dar e com isso tudo fica mais bonito. Vivo o hoje vivo, aos tropeços e sobrepondo a dor: A vida há de continuar, aos trancos e barrancos.
As lágrimas enxugadas na madrugada se desfizeram em algumas cervejas com bons e novos amigos: Você nem sacou que me desvencilhei de você ouvindo nossas antigas músicas, lendo nossos velhos livros. Fiz tudo se tornar normal, como se você não fosse (e de fato não é) o cara das minhas projeções. Desisti de não querer desistir de você e me desprendi dessa corrente tão pesada que eu carregava, fizesse chuva ou sol.
Hoje, esperanças ampliam meus dias, luzes iluminam meu horizonte -menos distante. Cafés não são mais motivo para te relembrar nas minhas insônias. É o novo cobrindo o velho e fica a nota para uma próxima vida: Bom mesmo é gozar da cara da tristeza, esse lance de aprender com os erros, quando os erros não são teus, te faz criar rancor, e rancor dá câncer.

Agora, compartilho essa lindeza que me faz companhia (500x por minuto) nas manhãs de sábado.




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