Aquelas listinhas pra ver daqui 20 anos....

Tenho escrito cartas com os olhos, e as esqueço de passar para o papel, conquanto músicas tem falado por mim neste último mês, e acho digno compartilhar.

Nesse início de fim de semestre, fiz uma analogia com sons de como foi esse meu primeiro semestre. Voltei a escutar sons que há tempos não escutava, talvez esse seria o ponto mais importante. Como sempre, eu esquecerei talvez as músicas mais marcantes, mas as que me recordo por sua expressividade em relação à minha vida, são essas:


"Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver"



Bom, essa eu entrei o ano cantando, essa versão da Mallu ficou simplesmente maravilhosa! Ah, "Tonga da mironga do kabuletê" pode ser lido como: A terra da macumba à ser lavrada pelo vagabundo. (Interpretação livre de acordo com o significado das palavras no dicionário aurélio).

A próxima também é uma versão lindíssima que a Adriana fez de um sucesso da Roberto/Erasmo.

"Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim"



As pessoas seguem, com ou sem ti, e tu precisas seguir também.

Essa próxima me marcou muito no ano de 2011/2012, intempéries e afinidades refeitas, eu escutava muito. Esse ano voltei a lembrar do quão era bom aquele tempo.


"Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais"



É o tipo de música para fechar o olho e se embalar numa rede, né? "Eu quero você..."

Nessa versão mesmo, auto-suficiente e fortíssima, passei talvez uma das piores semanas destes últimos tempos.


"Quando vem á tona todo amor que esta por dentro
Chamo por teu nome em transmissão de pensamento
Longe a tua casa vejo a luz do quarto acesa
Não tem nada que não vaze que segure essa represa"



E agora, como dominar as emoções? Como se não bastasse, resolvi me abster de açúcar e iniciar os trabalhos necessários para qualquer esclarecimento de ideias.

Foi aí que eu conheci essa obra -LINDA- do querido Paulinho Moska:

"Eu já matei você mil vezes
E seu amor ainda me vem
Então me diga quantas vidas você tem."




Passei a conhecer então pessoas bacanas, amigos transloucados, sinucas e cervejas intermináveis. Lugares antes desconhecidos com pessoas de rostos pouco familiares. Agradeço a Deus pela oportunidade de recomeçarmos todos os dias... (Com ou sem ressaca).

"Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver"

A Marisa está no meu top 5 de divas. Que voz é essa, maravilhosa? E né.. "Se você quisesse ia ser tão legal..."

Uma nova etapa foi começando, tudo girando, tudo novo. Essas paradas de adolescência me fazem lembrar de uma música que minha mãe cantarolava... "Não se afobe não, que nada é pra já..."

E aí passei a conviver mais com uma pessoa, talvez a maior responsável por essa superação e guinada em tão pouco tempo.

"Assim que você encontrar o seu lugar
Guarde embaixo do solo suas mágoas
E deixe secar as velhas lágrimas sem dó
Só o tempo desfaz suas marcas"

"O velho sonho sobe a escada da minha morada..."
O velho que se acha tão velho pra uma criança como eu. Mas afinal, bom mesmo é curtir. Resolvi trocar de curso na faculdade, levar as coisas um pouco mais a sério, então, seria a hora perfeita para aproveitar cada segundo o final do semestre.


Numa noite dessas, passou um carro com o som alto, tocando uma música que há tempos não havia mais escutado, e que desde então, faz parte do meu playlist fossinha, afinal, o que é a vida se não uma eterna tentativa de sairmos da fossa? Respiramos amor, e disso não há dúvidas.

"Você bem sabe
Que eu não sei te dizer
Tudo o que sinto por você
Mas você bem sabe
Que we always lie
But we can never say goodbye"



Aliás, eu mesma não me deixo esquecer disso.

Justamente por isso, essa versão magnífica desse clássico do meu querido Alceu Valença fez tanto sucesso nas esquinas dentro de mim:

"A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais..."

Ainda vou casar com essa música... Arrepios constantes do início ao fim.

E então Moska ressurge, sutilmente e doce, da mesma forma que surgiu da primeira vez.

"Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem"

(Se não é, será. Se não foi, um dia há de ter sido. Quem não teve, há de ter...)

E então, nos embalos de sábado à noite, acabei encontrando talvez a música mais fofa desse primeiro semestre. O Phill é uma mistura de Cícero com Los hermanos, se é que isso possa existir. Enfim, cantarolo essa música nas minhas manhãs vazias desde então.


E dessa forma o desconhecido de olhos negros se tornou parte integrante desse circuito fraco, pintado de forte, que guardo para mim...

Pra fechar, (Eu teria mais umas vinte.. mas acredito que essas sejam as mais relevantes) deixo essa versão um tanto quanto... Diferente. Coisa que as caras e bocas da Ana explicam muito bem. Entre gritos e sussurros, cantamos (ou tentamos cantar) loucamente essa música durante as aulas da escola da vida, enquanto a aula de verdade sub-existe. Que baita final de semestre!

"Estou amando loucamente
A namoradinha de um amigo meu
Sei que estou errado
Mas nem mesmo sei como isso aconteceu"

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